“Oreômetro.” – cientistas explicaram por que é tão difícil repartir um Oreo e criaram dispositivo para o feito. The world needs more Oreo science. Really.
Ai, Que Gracinha
A notícia.
Bolsonaro livrou deputado aliado com ‘perdão presidencial’ e chamou o Supremo para a guerra.
Moendo os grãos.
A menos de seis meses da eleição, a guerra institucional no país intensifica-se e preocupa. Após a condenação do deputado bolsonarista Daniel Silveira no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da República resolveu fazer algo nunca tentado antes. Bolsonaro usou a “graça presidencial” para um único indivíduo específico, alegando “legítima comoção” na nação.
É algo inédito.
Previsto na Constituição, o mecanismo nunca havia sido usado de forma individual e criou-se uma tradição de oferecer a graça no Natal. Bom, o clima entre os ministros do presidente foi de euforia, já os ministros do Supremo classificaram a atitude de “surreal”.
Ele pode isso?
O presidente tem a prerrogativa constitucional de decretar “graça,” né? Mas de acordo com juristas, o perdão de Bolsonaro a Silveira – cuja condenação nem mesmo havia sido oficializada – viola a separação de Poderes e é possível de anulação pelo Supremo. Especialista em direito eleitoral, advogados consideram o decerto “ilegal”. Já o grupo Prerrogativas afirmou que, ‘não cabe ao Presidente atuar como se o seu entendimento jurídico fosse superior ao do Supremo’.
Estratégia de guerra golpe?
Fica claro o intuito de Bolsonaro de usar Daniel Silveira como pretexto para ferver a crise com a mais alta instância do Judiciário e radicalizar seus eleitores contra a instituição. Ele não está preocupado com o futuro de Silveira, mas com a sua eleição. Em caso de derrota, tudo indica que o presidente não aceitaria o resultado das urnas (alegando fraude) – algo assim bateria no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e no STF. É preciso desgastar o Judiciário para o golpe dar certo.
Acreditou?
Em 2018, em plena campanha eleitoral, durante formatura de oficiais da Aeronáutica, Bolsonaro prometeu que como presidente jamais daria o indulto.
Lula de fato não deu.
Após condenação de José Dirceu pelo Supremo no ‘mensalão’, o então presidente se negou a perdoá-lo com base no decreto usado por Bolsonaro.
La Vie en Rose
A notícia.
Macron volta a fazer história e é reeleito presidente da França.
Moendo os grãos.
Na “eleição mais importante da Europa”, o centrista liberal foi reeleito com 58% dos votos, enquanto a rival extremista de direita Marine Le Pen marcou 42% nas urnas. Emmanuel Macron, 44 anos, se torna assim o primeiro presidente francês reeleito em mais de duas décadas e continuará a liderar a segunda maior economia do continente – e única potência nuclear europeia – pelos próximos cinco anos.
Tem mais.
É a primeira vez que um presidente ganha a reeleição mantendo a maioria no Parlamento. Seus dois antecessores que conseguiram ser reconduzidos ao cargo – o progressista François Mitterrand e o conservador Jaques Chirac – foram reeleitos quando a oposição controlava o parlamento.
Vive la France.
A vitória traz alívio para a União Europeia, que via na candidata nacionalista-populista – que queria retirar a França do bloco (ao estilo Brexit) – uma ameaça existencial. Mas a derrota de Le Pen é o melhor resultado da história para a ultradireita, que conseguiu votação recorde. Ou seja, apesar do alívio, a reeleição de Macron traz recados importantes: é necessário reacender o apelo da política democrática liberal e reverter o contínuo e crescente sucesso dos extremos.
Porto Seguro
A notícia.
Enfim a cidade portuária ucraniana de Mariupol é dos russos.
Moendo os grãos.
Após quase dois meses de bombardeios ininterruptos, Vladimir Putin afirmou que a estratégica cidade no sul da Ucrânia está em posse da Rússia – ainda que a luta continue e centenas de civis e soldados ucranianos continuem resistindo de dentro de uma imensa siderúrgica. Já a Casa Branca proibiu navios russos de aportarem em portos americanos e anunciou mais ajuda econômica e militar para Kiev.
Na Rússia.
Mark Zuckerberg e outros 28 americanos, incluindo a vice Kamala Harris, estão proibidos de pisar os pés, em meio às novas sanções de Moscou.
Na Inglaterra.
Wimbledon proibiu participação de tenistas russos e bielorrussos, e excluiu o número 2 do mundo.
Na Itália.
O presidente ucraniano apareceu por videochamada na Bienal de Veneza na abertura da exposição “Isto é Ucrânia: Defendendo a Liberdade”. Ontem, em Kiev, ele se reuniu com o secretário de Estado americano.
Enquanto isso.
Selos postais ucranianos passaram a levantar o dedo médio para a Rússia – literalmente.
Let it go.
A Disney está sob intenso fogo cruzado na Flórida e perdeu seu status especial que já durava 55 anos. Após pedido do próprio governador DeSantis, os deputados estaduais acabaram com o Reedy Creek, uma lei de 1967 que permitia à gigante gerir suas terras ao redor dos parques em Orlando como um governo municipal independente – tipo operar a sua própria polícia, bombeiros e serviços de água e esgoto, além de um sistema único de tributação.
- O motivo: a nova lei “Don’t say gay”. Após se manter calado durante a tramitação, o CEO da Disney, Bob Chapek, criticou a lei, desculpou-se com funcionários LGBTQ+ e disse que tentará derrubá-la.
An apple a day keeps unions away.
Apple foi condenada a pagar R$ 5 mil a uma cliente brasileira por venda de iPhone sem carregador. Na decisão do juiz de Goiás, a empresa é acusada de ferir o Código do Consumidor ao utilizar uma espécie de “venda casada”. Falando na gigante americana, funcionários na Apple Store de Grand Central querem se sindicalizar. Se tiverem sucesso, será o primeiro sindicato da história da Apple.
Rainha, né, mores?
Elizabeth II, que tem dois aniversários por ano – because queens will be queens –, celebrou os seus 96 anos. Em meio às comemorações, divulgou foto com seus majestosos pôneis e ganhou a sua própria Barbie.
Pon de replay.
Terminando… A$AP Rocky está preso. Voltando de Barbados em seu jatinho, o namorado de Rihanna foi levado do LAX por causa de um tiroteio em 2021.
É o bicho, é o bicho.
Para terminar, Bolsonaro virou jacaré ao tomar vacina – em desfile da Rosas de Ouro.