“Muito tempo vendo fotos.” – gorila que ficou viciado em smartphone terá o tempo de tela reduzido e precisará de ressocialização com outros gorilas. Quem nunca?
Me Dê Motivo
A notícia.
Após muito barulho, começa hoje no Supremo o julgamento do deputado Daniel Silveira.
Moendo os grãos.
O primeiro a votar é Alexandre de Moraes – relator do processo. Espera-se um voto bem duro, que será seguido pela maioria. Em fevereiro de 2021, o Supremo já havia validado, por unanimidade, a prisão que em seguida também foi referendada pela Câmara (por 364 a 121) – já que o deputado tem imunidade parlamentar. A prisão depois foi relaxada para o uso de tornozeleira.
O réu.
Catapultado à fama após quebrar a placa da vereadora assassinada Marielle Franco, Silveira elegeu-se para a Câmara dos Deputados em 2018, no ápice da onda bolsonarista. Desde então, o ex-policial fluminense, de 39 anos, se tornou um dos mais fiéis soldados de Bolsonaro. Ele já defendeu um novo golpe militar. Da época de PM, há listados em sua ficha corrida: atestados falsos, prisão e repreensões disciplinares.
O crime.
Ele virou réu por unanimidade no Supremo, após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele responde por ameaçar fisicamente os próprios membros da mais alta corte do país, atentar contra as instituições democráticas ao incitar violência para tentar impedir o livre exercício do Poder Legislativo e Judiciário (por duas vezes), além de coação ao longo do processo.
O julgamento.
Desde 2021, a composição da corte mudou e entraram os dois indicados do presidente Bolsonaro, Kássio Nunes e André Mendonça. Apesar da esperança bolsonarista de que um deles peça ‘vistas’ (mecanismo que suspende o julgamento), a leitura no Supremo é de que isso não aconteça, já que o está em jogo é a reputação e autonomia da instituição.
Douce France
A notícia.
Na França, Macron sobe, Le Pen desce.
Moendo os grãos.
Domingo, os franceses voltam às urnas para o 2o turno de eleições consideradas decisivas para a França, para a Europa, e a própria ordem liberal democrática ocidental. Inspira, expira. O presidente Emmanuel Macron conseguiu dar uma respiradinha nos últimos dias: as pesquisas mostram o centrista ganhando terreno e ele já marca 56%. Já sua rival de extrema direita, Marine Le Pen, que utiliza o playbook de Trump, crava 44%.
Compte à rebours.
Às vésperas da votação, estes são alguns movimentos dos presidenciáveis:
- Macron extinguiu nessa semana o atual corpo diplomático francês em uma reforma administrativa considerada polêmica tanto por Le Pen, quanto pelo esquerdista Mélenchon.
- Le pen propôs banir o hijab usado pela maioria das muçulmanas. A discussão sobre Islã e o lenço na cabeça ganhou força nos últimos dias; anti-islamismo é um forte elemento de sua campanha.
Encruzilhadas e rupturas.
Na Revolução Francesa, em 1789, Paris garantiu ao mundo a noção de esquerda-direita, que há 200 anos domina a política ocidental. Agora, a eleição presidencial demonstra que a França lidera a destruição desse conceito, substituindo-o pela nova dualidade: patriotas vs. globalistas, escreve o editor-chefe de relações internacionais do Financial Times. Será?
Airport life.
Americanos comemoraram e outros ficaram alarmados com o abrupto fim do uso das máscaras em aviões, trens e ônibus. As principais empresas aéreas dos EUA foram rápidas em tornar o uso opcional, após a juíza Kathryn Mizelle, da Florida, pôr fim à política pública que já durava dois anos. De acordo com ela, a obrigatoriedade do uso de máscara excede a autoridade do órgão de saúde; a Casa Branca classificou a decisão como “decepcionante” e estuda resposta legal.
Tudo nosso, nada deles.
Considerado o capítulo decisivo da guerra na Ucrânia, a nova fase do conflito toma forma e ontem a Rússia capturou a primeira cidade em Donbass sob posse dos ucranianos: Kreminna. Lembrando, Donbass é a região leste da Ucrânia, onde estão as províncias separatistas pró-Rússia de Donetsk e Luhansk, e onde Moscou planeja “liberação total,” afirmou o ministro de Relações Exteriores Sergey Lavrov ontem.
Sobre anjinhos.
Clubes de futebol, fãs, e atletas prestaram solidariedade à Cristiano Ronaldo após a morte do filho recém-nascido. Pentacampeão da Bola de Ouro, CR7 tem cinco filhos (de diferentes mães) e havia anunciado em outubro que seria pai de um casal de gêmeos com a namorada – o menino morreu no parto, mas a menina está bem.
Há quem sambe diferente.
Após dois anos de pandemia, e com a folia transferida para abril, as escolas de samba enfim voltam a desfilar. No Rio, o trânsito foi interditado nesta madrugada próximo à Marquês de Sapucaí, e hoje já começam os desfiles do Grupo de Acesso; na sexta e no sábado, é chegada a vez das escolas do Grupo Especial. Em SP, Gaviões da Fiel trará um Bolsonaro gay para o Anhembi, because Carnaval.
Arteiro.
Quase terminando, ‘o dedo podre votando’, de Jonathas Andrade, o artista que representa o Brasil na tradicional Bienal de Veneza.
It’s my party and I’ll cry if I want to.
Terminando… homem foi demitido por faltar à própria festa de aniversário que ele pediu ao escritório que cancelasse.
Netflix and freak out.
Para terminar, Netflix tem tido um péssimo ano.