“Gostaria de recusar educadamente.” – Bill Clinton negou convite da rainha para tomar chá e preferiu ver o Big Ben e comer comida indiana. Tourists will be tourists.
Chuva de Prata
A notícia.
Vitórias na ginástica e na natação puxam o avanço do Brasil, que ganha no skate a primeira medalha de Tóquio.
Moendo os grãos.
O Brasil começou bem as Olimpíadas graças ao vôlei, mas decepcionou logo de cara na esgrima e no tiro esportivo. A primeira medalha viria na segunda madrugada, de sábado para domingo, quando Kelvin Hoefler, de 27 anos, conquistou prata no skate, esporte que fez sua estreia olímpica. “Isso aqui é o começo de uma geração do Brasil que está por vir”, disse o hexacampeão.
Street park.
Nascido no Guarujá, Kelvin começou a praticar skate aos 9 anos de idade e em 2014 se mudou para Los Angeles, principal mercado de skate do mundo. Ao vencer a prova de street – são duas modalidades de skate: street (em pista reta) e park (pista com rampas) –, ele reforçou a expectativa de que o esporte estreante ajude o Brasil a subir mais vezes no pódio.
Fada sensata.
Não deu outra. Na madrugada de hoje, a skatista maranhense Rayssa Leal, de apenas 13 anos, conquistou prata no skate street, se tornado a mais jovem medalhista brasileira da história. “Fadinha”, como é conhecida, garantiu assim a terceira medalha do Brasil nos Jogos de Tóquio.
Medalhômetro.
Antes, o judoca gaúcho Daniel Cargnin, de 23 anos, manteve a tradição brasileira no judô, garantindo bronze na categoria até 66kg. Veja o quadro de medalhas; Brasil está em 22o.
Baile de favela.
Na ginástica rítmica, Rebeca Andrade deu um show, e em dia perfeito, garantiu três finais (individual geral, solo e salto). No ranking geral, ela ficou atrás apenas da americana Simone Biles, a melhor do mundo. Desde Daiane dos Santos, em 2008, uma brasileira não chegava à final do solo. Nossa outra representante, Flávia Saraiva, garantiu vaga na final da trave.
Adeus.
Já Arthur Nory, que foi bronze no Rio, voltou a encarar seus fantasmas – e a polêmica sobre comentários racistas de 2015. Logo no início, ele perdeu a concentração, caiu e foi eliminado, se tornando a maior decepção do final de semana. Sob muita expectativa, Nory chegou a fazer aulas de japonês para dar entrevista como campeão no país de seus ancestrais. Não rolou. Seu desempenho prejudicou o time brasileiro, que ficou em nono e não disputará a final por equipes.
Links olímpicos.
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Thomas Bach, o homem que comanda a Olimpíada com punhos de ferro: (NYT): como um ex-esgrimista, presidente do COI, empunhou diplomacia para arrastar os jogos até linha de chegada, mesmo numa pandemia.
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Mulheres assumem protagonismo em Tóquio (Estadão): holofotes no Japão estão voltados principalmente para Simone Biles, Naomi Osaka e Katie Ledecky.
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Covid-19 lança sombra sobre Olimpíadas de Tóquio (CNN): cabe aos atletas iluminarem jogos ofuscados pela pandemia.
Tóquiovid.
A cerimônia de abertura das Olimpíadas levou 17,7 espectadores americanos para frente da TV, 37% a menos do que a Rio-2016. É a menor audiência em 33 anos. E após anos treinando, o americano Taylor Crabb, do vôlei de praia, chegou em Tóquio direto para o quarto, de hotel de onde não poderá sair por 10 dias. Ele testou positivo para covid. Já o dream team de basquete dos EUA teve a primeira derrota olímpica desde 2004.
Fogo no parquinho.
Um dos monumentos mais controversos do país foi incendiado, causando polêmica no país. Inaugurada em 1963 em Santo Amaro, SP, a estátua homenageia Manuel de Borba Gato, um bandeirante paulista, que ao explorar territórios no interior do país, capturou e escravizou indígenas e negros, ajudando a dissipar etnias inteiras. O grupo Revolução Periférica assumiu a autoria do incêndio, que foi controlado.
Vermelho, vermelhusco, vermelhão.
Terminando… NASA revelou as entranhas de Marte. Novos estudos mapeiam e ilustram o interior do planeta.
Oi, tum, tum, bate coração.
Para terminar, o primeiro coração 100% artificial.