“Chips genuínos.” – Google lançou batata chips personalizada para divulgar seu primeiro smartphone equipado com chip próprio. Ok, Google, ótimo trocadilho.
Universo Paralelo
A notícia.
Bolsonaro faz discurso radical, critica ‘passaportes da vacina’, defende cloroquina, e choca o mundo na ONU.
Moendo os grãos.
Considerado a ‘festa da diplomacia’, a Assembleia-Geral é o momento dos líderes mundiais falarem para a comunidade internacional. Os chefes de Estado, presidentes, reis, diplomatas, dirigentes da ONU, estão todos de olho no púlpito das Nações Unidas, mas acostumado a dirigir-se apenas ao seu secto, o presidente brasileiro preferiu usar a tribuna como palanque para sua reeleição.
Brazil is in the house.
Ao abrir a 76a Assembleia-Geral das Nações Unidas, Bolsonaro contrariou todas as expectativas de que pudesse adotar um tom moderado e constrangeu os diplomatas de carreira do Itamaraty ao proferir uma enxurrada de mentiras sobre a pandemia e o meio-ambiente. Em um discurso que só convence a sua base mais radical (cerca de 25% do eleitorado), a realidade foi completamente distorcida pelo presidente.
Cloroquiner eu, cloroquiner ela.
Único líder do G20 sem vacina na ONU, Bolsonaro – que ao longo dos últimos 18 meses minimizou a gravidade da pandemia – defendeu medicamentos sem comprovação científica contra a covid, como cloroquina e ivermectina: “Não entendemos por que muitos países foram contra o tratamento precoce,” afirmou o presidente, que ainda criticou os chamados ‘passaportes da vacina’.
Um Brasil muito doido.
Ao dizer que seu governo é melhor do que aparece “em jornais ou TV”, ele disse que o Brasil estava “à beira do socialismo” quando ele foi eleito em 2018, afirmou que não há nenhum caso de corrupção em seu governo, chamou os atos golpista do 7 de setembro de “os maiores da história” – ignorando que as ‘Diretas Já’ em 1985, e os protestos anti-establishment de 2013 reuniram muito mais gente.
É verdade esse bilhete.
As mentiras permearam ainda o trecho do discurso sobre meio-ambiente, no qual Bolsonaro usou dados falsos sobre desmatamento e afirmou: “índios querem a agricultura.” Querem mesmo?
Enquanto isso…
I’m the great pretender.
Um dia após mostrar o dedo do meio para manifestantes, o segundo membro da comitiva brasileira a testar positivo para covid é o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que agora está isolado em um hotel em NY.
I’m Still Joey From The Block
A notícia.
Estreando na ONU, Joe Biden pede esforço conjunto do mundo para pôr fim às mudanças climáticas e à pandemia.
Moendo os grãos.
Em um tom bem diferente do antecessor Donald Trump, que não escondia seu desdém pelas Nações Unidas – e organizações multilaterais em geral –, o 46o presidente americano chamou a ONU de “nobre instituição” e, no seu primeiro discurso por lá, prometeu dobrar a ajuda dos EUA (em cerca de US$ 11 bilhões) para que nações em desenvolvimento combatam o aquecimento global.
Fala que eu te escuto.
Ao defender a evacuação do Afeganistão – considerada desastrosa inclusive por aliados e dirigentes da ONU –, Biden afirmou que, “pela primeira vez em 20 anos, os EUA não estão em guerra” e que “ao fechar um período de guerra implacável, agora se abre um novo período de diplomacia implacável”. A ver.
Wild west.
Após imagens abomináveis de guardas americanos montados em cavalos na fronteira chicoteando imigrantes haitianos, o secretário do departamento de Segurança Interna (Homeland Security), Alejandro Mayorkas, se disse “horrorizado” e investigação será aberta sobre a conduta dos agentes fronteiriços. Milhares de imigrantes haitianos estão embaixo de uma ponte no Texas na esperança de conseguir entrar nos EUA; a Casa Branca planeja deportá-los.
Canadeu ruim.
Justin Trudeau conseguiu seu terceiro mandato no Canadá, após a eleição antecipada convocada por ele próprio – mas não levou a tão sonhada maioria no parlamento. Ou seja, o tiro saiu pela culatra, já que o primeiro-ministro achava que dessa vez, seu partido fosse conseguir governar sozinho, mas continuou tudo na mesa. Ele terá que fazer aliança com partidos da oposição.
Voa, voa.
A Gol terá carros voadores a partir de 2025. A empresa aérea brasileira anunciou ontem a compra de 250 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) desenvolvidas pela britânica Vertical Aerospace. Os táxis aéreos farão percurso de até 160km, podendo atingir velocidade máxima de 320 km/h.
Old, but gold.
Terminando… 1a edição da Constituição americana (1789) está à venda. São apenas 11 exemplares e, por US$ 20 milhões, esta pode ser sua.
Four seasons.
Para terminar, violino gigante de 11 metros flutuando nas águas de Veneza.