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“Nunca tive medo de altura.” – Nathan Paulin que atravessou os céus de Paris sobre slackline da Torre Eiffel ao outro lado do rio Sena. That’s inSeine.


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Auf Wiedersehen

 

A notícia.

Após 16 anos, faltam poucas horas para o derradeiro fim da Era Merkel na Alemanha.

 

 

Moendo os grãos.

No domingo, os alemães vão às urnas em eleições federias disputadíssimas para escolher a composição do 20o Bundestag – o parlamento da Alemanha. O partido que vencer, claro, indicará o chefe de governo da maior potência europeia, que no país é chamado de chanceler (Kanzler). Pela primeira vez desde a Constituição de 1949 que pôs fim à Alemanha Nazi, a chanceler no poder não disputará reeleição.

 

 

Garota de Berlim.

Angela Merkel, primeira mulher chanceler da história da Alemanha, eleita em 2005, foi reeleita em 2009, 2013, e 2017. Mas após as últimas eleições federais, quando o seu partido de centro-direita, CDU (União Democrata-Cristã), teve perdas significativas, decidiu não tentar novamente a reeleição. Merkel escolheu o sucessor Armin Laschet, que pode não vencer no domingo. Pre-pa-ra.

 

 

Olá, Olaf.

Nas últimas semanas, o político veterano de 60 anos escolhido a dedo para liderar o CDU perdeu espaço para um antigo rival: Olaf Scholz do SPD (Partido Social-Democrata), de centro-esquerda. O SPD chegou a integrar uma coalizão com o CDU por quatro anos, e Olaf atuou como vice-chanceler e ministro das finanças, mas após 2017 resolveu abandonar o barco de Merkel e voltou à oposição.

 

 

 

Entre verdes e maduros.

Além do escolhido de Merkel e do rival Olaf Scholz, a terceira favorita é Annalena Baerbock do Partido Verde, que atualmente tem cerca 16% das intenções de voto, de acordo com as pesquisas mais recentes. Já os sociais-democratas lideram com 26%, uma vantagem de 4 pontos sobre o CDU de Merkel, 22%. Mas nenhum partido ganhará ampla maioria, o que levará a meses de negociações por uma nova coalizão.

 

 

Merkelism.

O engraçado é que Olaf vem justamente batendo na tecla do quanto seu estilo é parecido com o de Merkel, enfatizando sua proximidade com a líder conservadora e mostrando o quanto ele é racional, estável, e até um tanto sem sal. É, após 16 anos, os alemães ainda tem bastante apetite pelo estilo político de Merkel.

Schnitzel & Riesling

 

Eterna Angie.

Há 16 anos no poder, Merkel, apelidada de “chanceler do mundo livre”, é a segunda chanceler mais longeva da história democrática* da Alemanha, ultrapassando o primeiro chanceler Konrad Adeauer, também do CDU, que liderou o país de 1949 a 1963, e só perdendo para Helmut Kohl, “chanceler da união”, também do CDU, que liderou durante o fim da Guerra Fria e a reunificação alemã, de 1982 a 1998.

*Sem contar Otto van Bismarck, político prussiano, primeiro chanceler da Alemanha Imperial (1871-1918), que liderou até 1890, quando o cargo tinha outras atribuições.

 

 

A anti-Trump.

Chamada carinhosamente pelos alemães de “Mutti” (mamãe, em alemão), Merkel tem PhD em química quântica e foi eleita a mulher mais poderosa do mundo em 2018. Pragmática e conciliadora, foi liderança central na Grande Recessão de 2008/2009 e na crise do euro na Grécia. Foi com ela que a Alemanha atravessou ainda a crise migratória e agora a crise do coronavírus. O que reserva o futuro sem Merkel?


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Shots Rebelde sem causa.

Após muita polêmica, o governo Bolsonaro voltou atrás e decidiu que vai liberar a vacinação de adolescentes. Dias antes, o juiz supremo Lewandowski decidiu que a suspensão da vacinação de adolescentes pelo Ministério da Saúde não foi amparada por evidências científicas. Em tempo, a Pfizer divulgou nessa semana que a sua vacina é completamente segura e eficaz para crianças de 5 a 11 anos.

 

 

Shots Dragon snowball.

A China tem apartamento vazio suficiente para acomodar toda a população do Canadá, França, Itália ou Alemanha – ou seja, espaço para 90 milhões de pessoas. O excesso de oferta se tornou um problemão e é um dos elementos da crise da gigante imobiliária, Evergrande, cuja possibilidade de calote enervou os mercados nessa semana. Falando em China, Pequim disse ontem que o Brasil deveria levar a sério o ataque ao Consulado da China no Rio.

 

 

Shots Voando só por voar.

Após a Gol, a Embraer anunciou ontem a fabricação de 100 carros voadores; as ações da gigante brasileira subiram 12%. Os táxis aéreos ou eVTOLs (veículo elétrico com decolagem vertical) podem vir com quatro rotores ou quatro asas rotativas (e não hélices). Alguns modelos nem mesmo precisam de piloto, e a possibilidade de levar passageiros com o conforto de um carro passeio tornou o termo ‘carro voador’ usual entre fabricantes, técnicos e imprensa especializada.

 

 

Shots Kill Texas bill.

Em solidariedade às mulheres do Texas, Uma Thurman contou sobre o aborto que viveu na adolescência. No artigo no qual protesta contra a nova lei do aborto no Texas – a mais restritiva dos EUA –, a atriz revelou o seu “segredo mais sombrio”.

 

 

Shots Plim fim.

Terminando… na guerra do streaming, Globo perdeu Lázaro Ramos e Ingrid Guimarães para a Amazon Prime Video.

 

 

Shots Manda foods.

Para terminar, ao menos três restaurantes brasileiros entre os 100 melhores do mundo.


Por favor, mande qualquer notícia, críticas, comentários, e dicas de restaurantes incríveis para o final de semana pra espresso@espressonoticia.com.br

Happy Friday!

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